(Autor: Antonio Brás Constante)
NOTA DO AUTOR: Em homenagem ao fim do seriado LOST, deixo abaixo alguns textos parodiados do seriado, que foram escritos já há algum tempo por mim, porém, somente agora resolvi publicá-los. Aos que curtem LOST uma boa leitura, e aos que não conhecem, está aí uma boa chance de conhecer (ou não) um pouco sobre os mistérios de LOST.
OBS: coloquei ao final destes textos uma relação de todos os personagens que lembrei, aconselho a quem nunca viu o seriado a dar uma olhadinha nos personagens e suas “características” antes de iniciar a leitura do primeiro capítulo.
LOST - HUMOR (Achados e bem perdidos).
Prólogo: “LOST – HUMOR” A história acontece em um prédio onde dezenas de pessoas caem de elevador em uma misteriosa sessão desativada de achados e perdidos. O maior mistério lá é saber como couberam tantas pessoas dentro de um único elevador.
Capítulo 1
A consciência vai voltando aos poucos. Seus ouvidos começaram a captar ruídos dispersos, como o som de faíscas elétricas, ecos de cachorros latindo, ferro retorcido sendo ainda mais retorcido, o barulho de alguém soltando um pum ao longe (porém, suas narinas discordam desta informação, identificando que pelo cheiro, a referida pessoa não deve estar tão longe assim).
Jheg enfim abre os olhos e se vê deitado sobre uma floresta de papéis, poeira e objetos velhos. Várias cestas repletas de relatórios transbordando por seus grandes bocais. Ao focar o olhar em uma das folhas, consegue perceber no início de cada item ali descrito a frase: “Lost and found”. Com algum esforço começa a se levantar, apoiando-se em algumas caixas amontoadas perto dele, com os dizeres: “Cuidado – Frágil. Evite se apoiar sobre esta caixa”. Algo se quebra dentro das caixas.
Um ruído lhe chama a atenção. Jheg percebe um movimento em uma das cestas de papel. O barulho vai ficando maior e mais assustador. Ele sente um arrepio no corpo, mas antes que possa esboçar qualquer reação a cesta cai para o lado e dela sai um minúsculo cão. Uma criaturinha que se tivesse asas poderia até ser uma barata de tão feia. O cachorro se aproxima de Jheg, cheira seus sapatos, roça de leve a barra de sua calça e sem avisar levanta a perninha e urina em sua perna. O homem dá um pulo para o lado e o cachorro satisfeito por achar um banheiro, some em meio aos entulhos.
O buraco do elevador mais parece uma caverna. Fios elétricos em curto soltam faíscas longas. Algumas pessoas encontram-se desmaiadas, outras caminham de um lado para outro. Uma da portas do elevador está no chão, parecendo uma tapeçaria com um par de pernas embaixo dela, lembrando vagamente a sujeira escondida embaixo do tapete. Jheg, em meio ao caos, consegue perceber um rapaz quase histérico tentando reanimar uma senhora que jaz deitada ao seu lado. Ele se aproxima e tenta acalmar o rapaz, que descontrolado lhe explica que a mulher previu a queda do elevador, mas ele não acreditou, e o que é pior, ela também disse que previu os números da mega-sena. Nisto a mulher começa a murmurar: 4... 8...
Jheg grita para o rapaz: ”Rápido, encontre uma caneta!”.
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Flashback de Jheg:
Jheg chega ao saguão de um gigantesco e misterioso complexo de prédios, levando uma caixa de sapatos debaixo do braço. Logo é abordado por um dos atendentes do lugar.
- Bom dia. O que o senhor deseja?
- Estou querendo ir para o octogésimo andar.
- Certo, o que o senhor leva na caixa?
- São os restos de meu pai.
- As cinzas dele?
- Não, apenas a peruca e uma dentadura. Foi só isto que sobrou de meu pai...
- Entendo. Se o senhor vai para o octogésimo andar, é bom saber que chamamos este andar de Sidnei. Cada andar aqui recebe um nome, para facilitar a orientação.
- Interessante, e o octogésimo deve ter recebido o nome de Sidney, em homenagem a cidade Australiana...
- Não. O nome é Sidnei mesmo, que é o nome do faxineiro daquele andar. É a sua primeira vez neste prédio?
- Sim, não achei que este prédio fosse tão grande...
- Todos ficam surpresos. Este prédio já foi uma fantástica fábrica de chocolates, mas o antigo dono, um tal de Willy Wonka, começou a fazer doce nos negócios e acabou perdendo tudo para um renomado avarento. Pelo que dizem por aí, anos depois esse avarento recebeu a visita de três fantasmas, um do passado, outro do presente e outro do futuro. Ele acabou meio louco, sabe. Por fim o prédio se transformou neste gigantesco complexo de múltiplos andares e salas. Por isso é bom o senhor não errar de elevador, pois o fundador daqui criou um sistema com dezenas de elevadores, que vão para todos os lugares e em todos os sentidos. Tem gente que até diz que esses elevadores são capazes de andar através do tempo e do espaço...
- Tempo e espaço? Sei, foi assim que meu pai morreu...
- Ele entrou em um de nossos elevadores?
- Não, mas ele também bebia e acabava falando esquisitices, até o dia em que se engraçou com a namorada de um lutador de jiu-jítsu em um baile funk. Só o que sobrou foi à peruca e a dentadura dele.
- Saiba que não estou inventando, senhor...?
- Jheg.
- Jegue?
- Não! Meu nome é Jheg com “g” mudo, pronuncia-se “Di-é-g”.
- Sim, claro. Agora entendi, “Di-gi-é-gui”...
- Nããão! Há, deixa pra lá. Qual elevador eu pego?
- O de número 15.
Jheg entra no elevador tropeçando em uma bengala. As portas iam começando a fechar quando todos escutam alguém gritando: “Segura! segura!”. Logo entra o dono da voz, um homem imensamente gordo e cabeludo. Após entrar esbaforido no elevador, ele diz para mulher que estava na porta:
- Poxa, obrigado por segurar a porta moça, geralmente às pessoas quando me vêem deixam o elevador fechar antes de eu chegar, só de medo do meu peso... E... E... (Hugo então percebe que a moça está usando óculos escuros e carregando uma bengala)... E... Você é cega? Foi mal, me desculpa. É que sou meio atrapalhado.
- Tudo bem, mas promete que da próxima vez que entrar em um elevador tomará mais cuidado, pois você entrou pisando bem em cima do meu pé, e com tanta força que provavelmente eu deva acabar trocando minha bengala por um par de muletas...
(CONTINUA...)
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MICHAEL E FILHO
(O diálogo a seguir está situado entre o capítulo 2 da primeira temporada e o capítulo 387 da décima sexta temporada, mais ou menos).
- Filho, por que você me odeia tanto?
- Pai, pensa bem, sou quase um adolescente, e a grande maioria dos adolescentes se revoltam e passam essa fase odiando seus pais. Isso sem falar que você é o único que não pega nenhuma das gatas deste lugar. Poxa, pai. Até o Rodrigo Santoro que atuou somente uma meia dúzia de vezes conseguiu uma gostosona. Como o senhor quer que eu não me envergonhe?
- Tá legal filho. Só não esqueça que o Santoro é Brasileiro, e todo brasileiro tem fama de pegador.
- Mas não é só isso, é que de todos os personagens deste seriado, fui ter o azar de ser filho logo do cara que vai, nos próximos episódios, trair, matar, e enganar os seus amigos, fugindo covardemente depois disso.
- Espera um pouco aí, se está sabendo de tudo isso, então você deve ter algum tipo de poder especial. Legal filho! Poderíamos tentar emprego na rede Record, tem aquela novela dos “mutantes”, quem sabe a gente até consegue uma boa grana...
- Não é nada disso, pai. Somente sei de todas essas coisas porque sou da geração internet, entende? Estou sempre acessando chats, fóruns, FAQs, e vendo o que anda rolando em tudo quanto é seriado estranho que aparece.
- Mas, e aquela história de você aparecer de forma misteriosa para os outros de vez em quando?
- Essa é fácil de explicar, afinal ainda sou praticamente uma criança, e o senhor sabe que criança vive sumindo e aparecendo do nada, em apenas um piscar de olhos...
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LOST - HUMOR (Achados e bem perdidos).
(Autor: Antonio Brás Constante)
Segue abaixo alguns dos personagens mais conhecidos e devidamente caricaturizados (ou algo assim) para deleite de quem quiser também se perder nestas mal traçadas linhas com trejeitos de humor.
Hello Kate – a gatinha e mocinha do filme, que luta, atira, corre, nada, enfrenta mil perigos sem nunca parar de sorrir. Apesar de ser boa de briga, de ser boa de trilhas, e principalmente, de ser muito boa, ela sempre acaba sendo capturada, para ser salva pelos demais mocinhos (não tão mocinhos) do filme.
Sawyê-yê-yê (James Citroen Picasso, ou Ford, ou Fiat) – Mau-caráter, golpista, gigolô, trambiqueiro e ladrão, com cara de cafajeste, jeito de cafajeste, pinta de cafajeste e até carteirinha do clube dos cafajestes. Com todos estes atributos é considerado um dos mocinhos do filme. Além de exímio lutador e atirador, também é o reprodutor oficial do filme.
Jin Frudo – coreano que não abriu os olhos para o que sua mulher andava fazendo e acabou ganhando um chapéu de corno. Gosta de pescar lambaris enquanto sua mulher prefere os namorados. Umas das funções dele na trama é garantir o emprego do pessoal responsável pelas legendas do filme.
Sun Mio – esposa de Jin. É tão magrinha que quando fica de perfil literalmente some na tela. Tem facilidades com línguas (em todos os sentidos). Por ser filha de um mafioso, alguns acham que ela é uma baita pistoleira.
Jheg – médico, provavelmente veterinário, pois vive se envolvendo com vários tipos de animais, tais como: piranhas, vacas, galinhas, etc. Tem uma coleção de chapéus iguais aos do Jin. Ao contrário dos médicos de verdade, ele não cobra pelas consultas.
Sayd Kih – Trabalhou anos com suporte e comunicação em uma empresa de telemarketing, torturando os clientes que ligavam para lá, sendo o torturador oficial do filme e ganhando assim, uma vaga entre os mocinhos da história (dizem que torturou o roteirista, para conseguir seu papel na trama).
Hurleytão – também conhecido como bolota, rolha de poço, gordão, entre outros apelidos carinhosamente colocados por Sawyê-yê-yê. Seu personagem é realmente uma loucura, tanto que praticamente todos os seus flashbacks se passam em um manicômio.
Locke Hipi-hipi Hurra – Único representante da ala dos carecas no filme. Metido a caçador. Gostava de sair para ir caçar em bailes Funk e boates, onde perseguia lobas e panteras, mas quase sempre terminava a caçada tendo de encarar algum dragão. Foi enganado pela mãe, enganado pelo pai, e até enganado pelo autor do seriado que lhe prometeu uma peruca. Perito em localizar pistas desde os tempos da escola. Chegou a encontrar com facilidade uma pista de corrida e outra de dança ainda no primário.
Ana Policia – Ex-policial, com provável passagem pelo esquadrão da morte. Gosta de interrogar prisioneiros amputando seus dedos. Há quem acredite que pessoas famosas foram interrogadas por ela, como por exemplo: o presidente Lula (alguns indivíduos maldosos poderão dizer que no caso dele o que foi extraído teria sido um naco do cérebro). É exímia atiradora conseguindo acertar com precisão o piercing no umbigo da personagem Shannon (causando sua morte), sem nem precisar mirar.
Vincentavo – um dos membros mais misteriosos do seriado, que fica sempre repetindo a mesma coisa: “au au”. Também é o mais peludo dos participantes. Gosta de abanar o rabo e enterrar ossos (fato que passou a ser feito pelos demais sobreviventes que começaram também a enterrar os diversos mortos e vivos do filme). Por ser difícil imaginar um labrador em um elevador, a raça do cachorro foi trocada por um pincher. Basicamente a função deste cachorro é fugir, para que alguns personagens corram atrás dele e se metam em confusão por causa disto.
Juli-ET – Diferentemente das outras loiras do seriado, Juli é extremamente inteligente (possível alteração genética em seu DNA ). Ela é uma mulher dócil, gentil, que gosta de música romântica, de clubes de leitura e de cozinhar bolinhos, ao mesmo tempo em que bate, dá choques, mata e mente para os outros, que neste caso não são os outros, pois os outros são outros. Mas para não confundir eles (que não são os outros) com os outros que realmente são outros, vamos parar por aqui.
Dezmontes – Após algum tempo perdido no seriado ganhou poderes de prever o futuro, e está só esperando ser resgatado para comprar um bilhete premiado e com o dinheiro poder cortar o cabelo. Provavelmente é o único que conhece o final deste seriado, pois até o quinto episódio de LOST mesmo os roteiristas ainda parecem perdidos sobre a história.
Charli Eirah – Aspirante de uma carreira (deste que seja purinha). Viciado em cachaça do tipo “long neck”, com o casco em formato de santinha. Tentou entrar para o time dos casados se enforcando com uma loira, mas acabou quase enforcado numa árvore.
Boomané (sobrenome: Zaão) – Parece estar sempre disposto a levar a pior, ficando na pior, uma vida inteira com seus pensamentos na pior. É tão teimoso quanto o personagem Boone do filme oficial, que não conseguindo morrer em decorrência da queda de sua aeronave, procurou outro avião na floresta para enfim se matar.
Shannon (sobrenome: “Pior”) – irmã de faz-de-conta de Boomané. Tenta provar para todo mundo que não é uma patricinha fútil e oferecida. Conta para quem quiser ouvir que a frase que mais repetia para seu ex-namorado era: “Só casando!”. (Atenção: Zando, o ex-namorado de Shannon, não aparece neste filme).
Claire Ianaddah – Parece ter vindo para ilha a passeio. Basicamente aparece alternando entre os estados de bom humor discreto e mau humor concreto. Sua maior colaboração foi ter dado a luz em um momento sombrio.
Mr. But Eko – Padre que comprou o diploma de santidade. Traficante. Revendedor de estátuas de santa Genoveva, cheias de cachaça. Aproximava as almas de Deus, tirando-lhes desta vida diretamente para vida eterna.
Michael Juddaz – Assim como o apóstolo Judas da bíblia, Michael também traiu seus amigos, mas ao invés de ser por trinta moedas, no caso dele foi para salvar seu filho que na época pesava uns trinta quilos. Ele auxiliou os outros a capturar seus amigos e ajudou o pessoal dos recursos humanos a diminuir a folha de pagamento do filme, matando meia dúzia de atores durante seu ato de traição.
ITAH SOUMD OSOUTROS – Membro dos outros, infiltrado que nem água de chuva em laje mal feita. Sua missão é descobrir os segredos da turminha dura na queda e seqüestrar as mulheres grávidas da trama. Ele erroneamente quis seqüestrar o Hugo (vulgo: Harleytão) achando que ele estaria grávido de trigêmeos...
Daniele Rosseu (lê-se: “Russô”, Mas quem não é) – Está há tantos anos presa no lugar que seu prazo de validade já venceu. Utilizou diversas caixas de lego para montar armadilhas que só funcionam contra seus amigos. Deixou tocando uma gravação com pedido de socorro na parte final de uma antiga fita de musiquinhas infantis dos Teletubbies, esquecendo-se que ninguém consegue escutar uma fita dessas até o fim.
Benjamin – O Ben é mal (Ele ameaçou revelar os meus segredos se eu revelar os dele).
Monstro da fumaça – algumas teorias apontam que o monstro da fumaça é na realidade uma amostra de poluição extraída de uma das chaminés de São Paulo. Outros dizem que ele realmente esteve em São Paulo , mas não agüentou a poluição de lá e fugiu disfarçado como fumaça de cigarro, mas infelizmente acabou entrando em um prédio misterioso, indo parar na ala de não fumantes, sendo dragado pelo sistema de ventilação e ficando preso junto com os demais perdidos do lugar. O tal monstro da fumaça e da poluição é capaz das piores sujeiras.
CONTINUA... (ou não, já que os outros textos que fiz sobre o LOST estão rascunhados em alguns cadernos e, provavelmente, eu não deva digitá-los para o computador).
NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br .
SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).
Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc
ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entendam-se como inimigos, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).
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