segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nascer, trabalhar e aposentar (humorizando tudo)


(Autor: Antonio Brás Constante)







Em tempos de férias podemos dizer que trabalhar nunca matou ninguém (favor desconsiderar desta afirmativa todas as pessoas mortas em acidentes de trabalho, já que para alguns o que causou suas mortes foi o acidente em si e não o trabalho), claro que a referida frase deve ter sido inventada por algum tirano, tentando justificar as dezesseis horas de trabalho escravo impostas aos seus empregados em algum lugar (talvez nem tão distante), dentro deste pontinho azul que chamamos de planeta Terra.














Dizem que o trabalho (principalmente o escravo) foi inventado pela nobreza que não queria trabalhar, e dedicava sua vida ao ócio, ao ópio ou aos dois. Depois da queda da maioria das monarquias inventaram a democracia e junto com ela um imenso cabide de empregos na política, e tudo continuou exatamente como estava, apenas mudando o nome dado aos nobres, já que aos pobres só resta mesmo é trabalhar e sustentar a si mesmo e aos seus governantes, servindo como vassalos que trabalham como cavalos com promessas de que isso fará a nação prosperar.














Nascemos desempregados, mas vivemos nossas vidas passando trabalho. Aliás, o próprio ato de nascer já é um parto, de onde partimos para uma vida de labuta, casando com o serviço (independente de nosso estado civil) até que a morte nos separe. Se bem que alguns trabalhos são mais penosos do que outros, por exemplo, um dos piores empregos do mundo seria (se existisse) o de guarda noturno no reino das mil e uma noites.














Existem pessoas que confundem o ato de trabalhar com ganhar dinheiro, mas estes dois nem sempre são correlacionados. Mesmo porque o dinheiro advindo do trabalho nunca é ganho, e sim é uma troca de seu tempo, esforço e inteligência, por uma remuneração que ao menos mantenha você vivo o suficiente para continuar produzindo e enriquecendo aqueles que se beneficiam do seu serviço, mas não dá para generalizar este parágrafo, pois para toda regra existe uma exceção e para toda exceção esqueceram qual era a regra.














No que se refere a aposentadoria, alguns acham que se aposentar é algo zen... “zen nada para fazer”, mas esquecem que o tempo livre é dos livros, dos filhos, dos netos, é seu, um direito seu, pule de pára-quedas se tiver coragem, ou pule amarelinha se isto lhe fizer sorrir, mas não use a idade para justificar o abandono de qualquer vontade de viver.














Acredito que uma das melhores coisas na aposentadoria é poder desfrutar da descansadinha da tarde, inclusive muitos que podem dar uma cochiladinha nesse horário dizem até que isso é muito bom para memória (só que ninguém consegue lembrar o porquê).














Enfim, quando falam em processos de aposentadoria, a que mais me preocupa seria a aposentadoria de tal velinho de barbas brancas que não é casado, não tem namorada, mas dizem que possui uns quase sete bilhões de filhos espalhados por aí. Meu temor pela aposentaria dele ocorre por três motivos. Primeiro: porque seria uma aposentadoria vitalícia, já que ele é eterno. Segundo: porque ele tem a idade do próprio tempo, ou seja, se formos calcular os atrasados de sua aposentadoria, mesmo utilizando o parco salário mínimo, ainda assim o valor daria uma inimaginável soma em dinheiro. Terceiro e pior de todos os motivos, há um grande número de pessoas afirmando que Deus é brasileiro, então meus amigos, quem vocês acham que vai acabar pagando essa conta?
















SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).






ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Arruda dá sorte, azar ou um bom chá?

Muitos são os mitos sobre amuletos e atitudes que dão sorte ou azar. Não é à toa que as pessoas pulam ondas (não tentem fazer isso em locais com tsunamis), comem lentilhas (felizmente apenas neste período) ou vestem roupas brancas para atrair sorte (se aparecer qualquer mancha de sujeira na roupa, desconfie de sua sorte), no inicio de cada novo ano.






Eu, Por exemplo, cresci ouvindo falar que chinelos ou sapatos virados com a sola para cima davam azar, tanto que sempre que vejo algum calçado virado tenho que desvira-lo, mesmo sabendo que isto é pura superstição sem sentido. Porém, hoje eu sei que carros virados com as rodas para cima são sinais muito maiores de azar, principalmente para pessoa que estiver dentro deles.






Alguns acham que pés de coelho e ferraduras dão sorte, mas se isso fosse verdade, burros não tinham suas patas presas a chaveirinhos e coelhos não puxariam carroças, ou vice-versa. Mas o que falar então da arruda?






Dizem que um galho de arruda atrás da orelha espanta o mau-olhado, o pé grande e até o monstro da fumaça dos episódios de Lost (que como todos sabem foi criado através da junção de vários demônios exorcizados e desempregados, saídos do seriado sobrenatural, mas isso é apenas mais um dos segredos da ilha de Lost). O que devemos ter em mente é que o que traz sorte para uns acaba azarando a vida de outros.






O ano de 2009 deixou a arruda em evidência na mídia, visto que duas arrudas foram motivo de muita discussão e divulgação, uma atraindo sorte e a outra azar.






Primeiro foi o caso da Geisy, cuja arruda de seu nome juntamente com um pouco de sorte e um pouquinho de saia, fizeram com que saísse do anonimato lançando-a aos holofotes do sucesso. Ela brilhou como revelação do ano, justamente por ter se vestido com uma peça de roupa justa, que revelava partes reveladoras de seu corpo, para olhos que se revelaram pouco amistosos e que agiram de forma injusta diante de suas tão expostas revelações.






Quando se achou que nenhuma outra filmagem poderia causar mais polêmica do que aquilo que a saia da moça não escondia, uma nova arruda apareceu na imprensa, na figura de um governador.






O vídeo mostrava como ele sabia fazer um belo e indecente pé de meias para seus si e para seus aliados que rezavam por isso. Aliás, quem achou escandalosa as coxas a mostra da loira, deve ter ficado bestificado com o uso da indumentária dos partidários do D.E.M (Dinheiro Escondido nas Meias), que não mostravam e sim escondiam suas vergonhas juntamente com polpudas propinas. Neste caso o azar tomou conta dos envolvidos com este tipo de arruda, e a lavagem de dinheiro a partir de então começou a ser permitida e até mesmo obrigatória, já que as pessoas passaram a ficar desconfiadas sobre como (e onde) o dinheiro público era guardado, e a expressão “dinheiro sujo” passou a ter um sentido mais literal.






Enfim, indiferente a estes exemplos do poder da sorte ou do azar vinculados com arrudas, o que podemos dizer é que o bom mesmo seria se pudéssemos transformá-los em um bom chá... De sumiço.